O mercado de milho na B3 de São Paulo fechou misto nesta terça-feira, com queda para os meses próximos e altas para os meses distantes, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Com isto, a cotação de março recuou R$ 0,10 no dia para R$ 85,76; a de maio recuou R$ 0,05 para R$ 82,38 e a de julho avançou R$ 0,10 para R$ 75,35”, comenta.
“Como temos insistentemente afirmado neste espaço, os fundamentos continuam altistas no Brasil, com as cotações já superando a alta anterior de novembro, com a falta de disponibilidade no Brasil (por excesso de vendas no ano) e forte demanda nos mercados internos e externos. Além disso, o Brasil plantou uma área menor e ainda há cinco meses e meio até chegar a Safrinha brasileira”, completa.
Por último, ainda temos uma demanda forte (as exportações de frango cresceram 40% e as do próprio milho continuam elevadas) o que leva a crer que os preços permanecerão firmes. “Finalmente, o dólar, que tinha recuado 2% na semana, subiu líquidos 2% nas duas primeiras semanas do ano e promete continuar firme por ruídos políticos (que apenas começaram), falta de continuação das reformas e problemas fiscais”, indica.
Na Bolsa de Chicago, uma venda relatada de 1,36 milhão de toneladas de milho dos EUA gerou uma alta nesta terça-feira, com relatórios de que a safra de verão no Brasil poderia estar prejudicada com o início lento da campanha de plantio de safrinha em Mato Grosso. “Forte alta, como resultado de volumes significativos de vendas para a China (USDA reportou negócios por 1.360.000 tn.). Além disso, houve outra venda por 102.800 tn. para destinos desconhecidos. O gigante asiático também teria adquirido etanol americano (demanda doméstica por milho). Enquanto isso, atrasos na colheita da soja no Brasil atrasariam o plantio de milho da Safrinha, que está destinado ao mercado exportador”, conclui.
Fonte: Agrolink