Com avanço da colheita e olhar em importações, a B3 trabalha em campo misto para o milho, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os números da exportação divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) no dia de ontem marcam o que muitos traders já sabiam: diante de inúmeros washouts (recompras de lotes exportados) de tradings e de um mercado de milho supervalorizado, o Brasil deve exportar menos. As exportações de milho foram de 1,98 milhão de toneladas em julho, o que representa queda de 50% em relação ao mesmo período do ano anterior”, comenta.
“Isto significa mais oferta dentro do país, que, com os robustos lotes de milho importado, significam a possibilidade de queda nos preços a médio e longo prazos. Assim, a bolsa de mercadorias fechou da seguinte forma: setembro/21 a R$ 96,73 (-2,10%); novembro/21 a R$ 97,25 (-1,96%); janeiro/22 a R$ 98,65 (-1,10%) e março/22 a R$ 89,75 (-1,65%)”, completa a consultoria.
Em Chicago, os futuros ficam vermelhos apesar do declínio da qualidade nos Estados Unidos. “Tomada de lucro após alta recente e em linha com a tendência da soja e do trigo. Perspectivas de fornecimento menores em grandes países produtores, como Estados Unidos, Canadá e Rússia, fornecem suporte, juntamente com uma demanda muito ativa de importadores tradicionais”, indica.
“Os futuros do milho foram puxados para baixo devido à queda na soja e nos valores mais baixos do trigo, com as quedas ocorrendo apesar de outra redução nas condições de qualidade, revelada nos dados noturnos do USDA. Os dados de progresso da safra do milho mostraram uma queda de 2 pontos nas avaliações boas e excelentes ao longo da semana, caindo para 62%”, conclui.
Fonte: Agrolink