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Café - Alta do café traz sinal vermelho para as indústrias do setor
Data: 26/2/2021

Acendeu o sinal vermelho nas indústrias de café. O preço da matéria-prima disparou e está deixando as empresas de menor porte sem condições de equilibrar os gastos com as receitas.
A saída para muitas é uma desaceleração das atividades ou até mesmo uma interrupção, à espera de um cenário mais confortável, segundo Nathan Herszkowicz, presidente do Sindicafé (sindicato da indústria no Estado de São Paulo).
A alta acelerada do café ocorre devido a uma produção menor no Brasil e em outros concorrentes do país. Além disso, há uma expectativa da volta de um consumo normal nos Estados Unidos, Europa e Ásia a partir do segundo semestre, com o avanço da imunização da população contra a Covid-19.
Nathan diz que, quando se olha para oferta de matéria-prima e preços, as perspectivas para este ano e o seguinte não são boas. O pior, segundo ele, é que não é cena dos produtores em busca de valorização de seu produto, mas uma queda real da oferta.
As dificuldades das empresas pequenas e médias se acentuam tanto pela concentração no próprio setor, onde as grandes têm uma vantagem competitiva, como pela concentração do varejo, que dificulta qualquer reajuste de preços.
Tradicionalmente, o setor de café é um dos que têm os menores reajustes de preços ao consumidor. Os dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) indicam que o café teve alta de 45% no campo nos últimos 12 meses.
A alta acumulada nos supermercados foi de 8,8% em 2020, bem abaixo da média de 16% da alimentação em geral. Alguns produtos, como arroz e óleo de soja, têm maiores possibilidades de recomposição. Em 2020, o cereal subiu 77%, e o derivado de soja, 116%, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Os números da safra de café e os das exportações apontam para um quadro apertado, sendo que indústria e governo não têm estoques.
Neste ano, a produção de café deverá ficar um pouco abaixo dos 50 milhões de sacas, conforme números ainda provisórios da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). No ano passado, foram colhidos 63 milhões.
O consumo interno é de 22 milhões de sacas. 
As vendas externas brasileiras mostram o quanto o mercado externo está repondo seus estoques. Nos últimos dois anos, pela primeira vez, o país ultrapassa a média de 40 milhões de sacas exportadas. No ano passado, foram 44,7 milhões, segundo o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
O país tem 1.400 indústrias, e as que estão comprometidas com um padrão de qualidade têm de manter esse patamar diante dos consumidores para não perder imagem, segundo Nathan.
Atualmente, uma empresa que coloca o café a R$ 14 por quilo no supermercado tem receita apenas para cobrir o custo de R$ 600 por saca. Os custos, no entanto, são bastante amplos e não se limitam apenas à matéria-prima, segundo ele. A saca de café custa atualmente R$ 760.
Se as indústrias têm um sério problema de custos, as cafeterias são vítimas dessa prolongada pandemia. O preço do café acaba sendo pouco relevante para essas empresas, mas a falta de consumidor é fatal.
Foi o que levou a Suplicy Cafés Especiais a fechar as portas de algumas unidades, ao ver o movimento cair abruptamente.
“Estamos voltados para o mercado corporativo, e a circulação de pessoas em prédios e escritórios são importantes para a manutenção das lojas”, afirma Marco Suplicy.
A empresa, que chegou a perder 99% do faturamento no início da pandemia, ainda mantém lojas fechadas. Outras estão abertas, mas com movimento bem menor do que o normal, e há esperança de reaberturas nos próximos meses.

Fonte: Folha de São Paulo
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