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Arroz - Arroz tem o 6º maior VBP do agro
Data: 24/9/2021

A cultura de arroz é uma das mais importantes no Brasil, seja tanto no aspecto econômico, onde figura como a 6ª com o maior valor bruto da produção (VBP), quanto no aspecto de desenvolvimento social e regional. Em ambos os aspectos, o Rio Grande do Sul, por ser o maior estado produtor, tem papel preponderante no cenário nacional. 
Em 2021, de acordo com dados da própria Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção total de arroz no Brasil foi de 11.741 milhões de toneladas, das quais 70% foram cultivadas no Rio Grande do Sul, distribuídas em 946 mil hectares. Essa produção toda resultou em um VBP de mais de R$ 20 bilhões no país e mais de R$ 15 bilhões no estado gaúcho.
A importância da cultura para o estado é tamanha que o seu VBP é o segundo maior dentre as atividades agropecuárias, atrás somente da cultura da soja. Apesar das recentes reduções na área cultivada, em seu ápice, na safra 2010/11, a área cultivada já chegou a 1.172 milhões de hectares. Devido aos problemas de rentabilidade ocorridos em safras recentes, a cultura ainda mantém seu papel importantíssimo na geração e distribuição de renda. Os problemas recentes levaram a uma gradativa redução na área cultivada, mas, principalmente, a uma redução no número de produtores envolvidos na atividade. Como em muitas outras atividades, muitas vezes, os menores produtores, com reduzida capacidade financeira, acabam sendo os mais prejudicados pelas crises que eventualmente ocorrem.
Produção familiar caiu
Os dados do último Censo Agropecuário (IBGE, 2017), realizado em 2017, mostram que existiam no RS, nesse momento, 4.846 estabelecimentos enquadrados como sendo de agricultura familiar ante 7.176 no censo anterior, de 2006, ou seja, uma redução de 32. No primeiro momento (2006), agricultores familiares eram 60% do total, reduzindo para 52% em 2017. No total, 2.696 produtores deixaram de plantar arroz no período entre os dois levantamentos, sendo 86% deles, agricultores familiares. 
Além da redução do número de produtores familiares, a proporção da área por eles cultivada também caiu significativamente. Em 2006, eles respondiam 11,4% da área total, caindo para apenas 6,7% em 2017, ou uma redução de 27 mil hectares em números absolutos, passando de 99,9 mil hectares para 72,9 mil hectares. Em direção oposta, a área total cultivada com arroz aumentou 24,2% no período em análise, passando de 876,1 mil hectares para 1.088,1 milhões de hectares. 
Em termos de localização, os municípios onde há uma maior proporção de agricultores familiares sobre o total, bem como área cultivada de agricultura familiar sobre a área total, se concentram na região central do estado, por vezes chamada de Depressão Central, Litoral Norte e na Planície Costeira Interna, região situada entre a Lagoa dos Patos e a Serra do Sudeste. Alguns municípios a se destacar são: Agudo, Restinga Seca, São Sepé, Torres e Santa Maria, que possuem área da agricultura familiar superior a 2 mil hectares e mais de 50% dos produtores locais enquadrados como agricultores familiares.
Os dados acima mostrados, são referentes ao recorte do ano de 2017, quando foi realizado o último censo agropecuário. De lá pra cá, estima-se que ainda mais agricultores familiares tenham deixado a atividade, já que o auge da última crise no setor foi justamente nesse período. Desde a safra 2015/19, a área tem gradativamente reduzido, em média 3% ao ano, atingindo o menor valor em 20 anos. 
Muito da causa da redução de área ocorrida nos últimos anos está relacionado com o baixo preço recebido pelos produtores, em relação ao custo de produção do arroz. Particularmente, nos anos de 2017 a 2019 o preço recebido esteve muito próximo ao preço mínimo definido na Política de Garantia do Preço Mínimo, por vezes, oscilando abaixo do valor de referência.
A partir de 2020, uma série de fatores desencadeados principalmente pela pandemia de Covid-19 elevaram expressivamente o valor recebido pelos produtores, dentre os quais podemos destacar: a desvalorização do real frente às moedas de outros países, que aumentou o volume exportado; e o aumento do consumo nas residências, que aumentou a demanda interna. Com isso, o preço teve o ápice entre setembro e novembro de 2020, quando o preço ultrapassou os 100,00 R$/saca. Após esse período, os preços voltaram a cair e, atualmente, a saca está sendo negociada em média a R$ 77,28.
Embora atualmente o arroz esteja sendo negociado em patamares de preços superiores aos níveis pré-pandemia, já há no setor um temor de que nas próximas safras, senão já nesta que está sendo iniciada, a rentabilidade volte a ser muito reduzida, devido ao elevado custo dos insumos. Isso, também é um reflexo da pandemia de Covid-19, que causou uma série de desequilíbrios no comércio internacional e afetou a oferta de insumos em praticamente todo o planeta.
Em se tratando de arroz orgânico, estima-se que a área do estado, hoje, esteja próxima a 4,5 mil hectares e possa chegar a uma produção de 444.621 sacas. Essa estimativa se baseia na produtividade apurada em 14 grupos de assentados da reforma agrária, distribuídos em 11 municípios, que juntos detêm a produção 309.684 sacas, ou seja, 70% do total no estado, e são produzidas por 286 famílias numa área de 3.134,3 hectares.

Fonte: Agrolink
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