O Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe) emitiu um alerta importante sobre os impactos do mosaico dourado e da seca prolongada na região de Guaíra, em São Paulo. As condições adversas podem resultar em perdas significativas, estimadas em até 60% dos 20 mil hectares dedicados ao cultivo do feijão-carioca. Diante deste cenário, muitos se perguntam se os preços do feijão irão disparar devido à redução da oferta.
A resposta, no entanto, exige uma análise cuidadosa. Embora a situação em São Paulo seja preocupante, outras regiões produtoras estão prestes a iniciar o pico da colheita, o que pode equilibrar a oferta e evitar aumentos expressivos nos preços. Goiás, por exemplo, está entrando na fase de colheita, seguido pelo Noroeste de Minas Gerais. Em seguida, Bahia e Mato Grosso também contribuirão para o aumento da oferta nacional de Feijão-carioca.
Essa dinâmica é crucial para o mercado. Com o aumento da oferta proveniente dessas regiões, espera-se uma pressão gradual de baixa nos preços. Os compradores, cientes da maior disponibilidade do produto, têm negociado valores menores a cada dia, testando o limite de resistência dos produtores. Essa prática busca aproveitar o momento de maior oferta para conseguir preços mais vantajosos, o que pode manter os valores do feijão mais estáveis, mesmo diante das perdas significativas em São Paulo.
Portanto, apesar das adversidades enfrentadas pelos produtores paulistas, o aumento da oferta de Feijão-carioca de outras regiões produtoras do país pode compensar as perdas e evitar uma alta significativa nos preços. A situação exige monitoramento contínuo, mas a perspectiva é de que a diversidade geográfica na produção ajude a equilibrar o mercado, beneficiando tanto consumidores quanto produtores.
Fonte: Agrolink