De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado da soja em Chicago (CBOT) apresentou alta nesta quarta-feira, interrompendo uma sequência de quedas ao longo das últimas seis sessões. O contrato de soja para agosto de 2024, referência para a safra brasileira, registrou uma queda de 0,94%, fechando em $ 979,75 por bushel.
Em contrapartida, o contrato para setembro de 2024 fechou em alta de 0,53%, a $ 952,25 por bushel. No mercado de derivados, o farelo de soja para setembro subiu 1,77%, alcançando $ 320,6 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja fechou em queda de 0,69%, cotado a $ 40,01 por libra-peso.
Essa recuperação técnica foi impulsionada por compras de oportunidade após seis sessões consecutivas de quedas. Embora os fatores climáticos não tenham tido um impacto significativo no movimento de alta, as chuvas sobre os estados de Dakotas, Minnesota, Iowa, Missouri e oeste de Illinois favorecem as condições das lavouras, com expectativas de uma safra recorde para o ciclo 2024/2025. Esse cenário sugere um rearranjo estratégico das posições dos investidores, diante de um quadro climático positivo para a produção.
Além disso, a valorização do Real frente ao Dólar influencia diretamente a competitividade dos Estados Unidos no mercado internacional de soja. Isso pode ter contribuído para o aumento nas exportações americanas, refletido pela significativa compra de soja feita pela China ao longo da semana. Este contexto reforça a dinâmica de volatilidade do mercado de soja, onde fatores climáticos e cambiais desempenham papéis cruciais nas movimentações diárias.
“Para o relatório que a Associação Nacional dos Processadores de Sementes Oleaginosas publicará nesta quinta-feira, a média das estimativas privadas previu a moagem de soja nos EUA em julho em 4,96 milhões de toneladas. Se este valor se confirmar, representaria um aumento de 3,9% face aos 4,78 milhões de toneladas de junho, e de 5,2% face aos 4,72 milhões de toneladas de julho de 2023”, conclui.
Fonte: Agrolink