O Conselho Internacional de Grãos (IGC) reduziu em 6 milhões de toneladas sua previsão para a produção global de grãos, com grande parte dessa revisão decorrente da União Europeia. Apesar do ajuste, o Relatório do Mercado de Grãos, divulgado em 15 de agosto, ainda projeta uma produção recorde de 2,315 bilhões de toneladas para o ciclo 2024-25, superando o recorde anterior de 2,299 bilhões.
A produção individual de grãos apresentou poucas variações em relação ao mês de julho: o arroz permanece estável em 528 milhões de toneladas, o que seria um recorde; o milho aumentou em 1 milhão de toneladas, alcançando 1,226 bilhão, outro recorde; e o trigo caiu em 2 milhões de toneladas, ficando em 799 milhões.
O consumo total de grãos foi ajustado para 2,321 bilhões de toneladas, ainda um valor recorde. Com estoques iniciais menores, a previsão para estoques de transição caiu em 5 milhões de toneladas, para 581 milhões, o menor nível em 10 anos, refletindo um cenário mais restrito nos principais países exportadores.
A produção de soja também foi revisada, com um aumento de 4 milhões de toneladas, atingindo um recorde de 419 milhões, um crescimento de 7% em relação ao ano anterior. O IGC projeta colheitas significativas em todos os principais produtores e prevê um aumento no consumo global, que deve alcançar 406 milhões de toneladas, impulsionado pela forte demanda dos setores de ração, alimentos e biocombustíveis. Ao mesmo tempo, as reservas globais devem crescer em 14 milhões de toneladas.
O Índice de Grãos e Oleaginosas (GOI) do IGC registrou uma queda de 4% em relação ao mês anterior, pressionado principalmente pela fraqueza nos preços médios de exportação da soja. No acumulado anual, o índice caiu 18%.
Fonte: Agrolink