As importações pela China de soja norte-americana triplicaram em julho em relação ao ano anterior, com a retomada da temporada de cultivo nos EUA, mas os suprimentos brasileiros ainda detêm a maior parte do mercado, segundo dados da Administração Geral de Alfândega divulgados nesta terça-feira.
O maior comprador de soja do mundo importou 475.392 toneladas da semente oleaginosa dos Estados Unidos no mês passado, em comparação com 142.129 toneladas no ano anterior, de acordo com os dados.
As importações do Brasil, maior produtor da commodity, diminuíram 1,15%, para 9,12 milhões de toneladas.
Os grãos sul-americanos representaram quase a totalidade das 9,85 milhões de toneladas do total de soja importada pela China em julho.
De janeiro a julho, as compras pela China da soja brasileira totalizaram 43,55 milhões de toneladas, um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.
O total de chegadas dos EUA nos sete meses do ano foi de 12,63 milhões de toneladas, uma queda de 25% em relação ao ano anterior, segundo os dados.
Os esmagadores da China intensificaram as compras nos últimos meses, depois que os preços globais mais baixos ajudaram a reduzir os custos de importação, levando a estoques excessivos em um momento em que a demanda por ração animal continua fraca.
A demanda tímida da China ocorre em meio às previsões de uma safra abundante de soja nos EUA e ao bom clima de crescimento no Meio-Oeste dos EUA, o que fez com que os preços da soja se aproximassem das mínimas de quatro anos.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos elevou sua estimativa para a safra de soja de 2024/25 para um recorde de 4,589 bilhões de bushels, ante 4,469 bilhões anteriormente.
Fonte: Reuters