Segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), a semana encerra com uma demanda firme no mercado de feijão, refletindo a cautela e expectativas dos produtores. Durante o Pulse Day em Cristalina, foi possível observar que os agricultores estão indecisos em relação aos próximos plantios e à comercialização do feijão-carioca e feijão-preto.
O feijão-carioca, com preços ainda sob a influência do volume de colheita da safra irrigada, não tem estimulado os produtores a investir em novos plantios. Em contrapartida, o feijão-preto tem mantido preços atrativos, o que pode incentivar a semeadura, desde que as condições climáticas sejam favoráveis e não ocorram frentes frias tardias ou estiagens prolongadas.
Produtores que possuem feijão armazenado relatam que estão acompanhando de perto o mercado, esperando por melhores oportunidades nos meses de outubro e novembro. Esse comportamento reflete a expectativa de que os preços possam melhorar, conforme as condições do mercado se ajustem à demanda. No momento, o feijão-carioca tem registrado valorização, com negócios fechados em até R$ 240, enquanto o feijão-preto, especialmente no Paraná, apresenta uma tendência de alta, com vendas alcançando até R$ 320.
A manutenção dessa tendência positiva no feijão-preto indica uma possível estabilidade de preços no curto prazo, reforçando a atratividade desse mercado para os produtores que têm a possibilidade de se beneficiar das condições atuais. No entanto, a decisão de plantar ou armazenar depende não apenas dos preços atuais, mas também das previsões climáticas e das perspectivas econômicas para os próximos meses.
Fonte: Agrolink