Os preços do milho no Brasil têm mantido uma leve tendência de alta, com a média gaúcha alcançando R$ 58,00 por saco, enquanto as principais praças locais permanecem em R$ 55,00. Nas demais regiões do país, os valores do cereal variaram entre R$ 39,00 e R$ 59,00 por saco, refletindo uma estabilidade relativa no mercado.
Conforme análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), as exportações brasileiras de milho nos primeiros 12 dias úteis de agosto atingiram 3,2 milhões de toneladas, com uma média diária de 268.668 toneladas. Esse número é 34,4% inferior à média diária registrada durante todo o mês de agosto do ano anterior. Em agosto de 2023, o total exportado foi de 9,4 milhões de toneladas. Para o ano, a Conab projeta exportações de 36 milhões de toneladas, enquanto o USDA estima 49 milhões, e a iniciativa privada brasileira espera algo entre 42 e 45 milhões de toneladas. Até a terceira semana de agosto, o Brasil já exportou 11,9 milhões de toneladas, sinalizando uma possível confirmação da estimativa da Conab.
Apesar da colheita reduzida da safrinha, há uma expectativa de que os preços internos do milho apresentem uma recuperação mais consistente a partir de setembro, com a colheita praticamente concluída em todo o país. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o Custo Operacional Efetivo (COE) da produção de milho safrinha em Mato Grosso foi calculado em R$ 4.584,29 por hectare em julho, uma leve redução de 0,11% em relação a junho de 2024. Com uma produtividade de 113,04 sacos por hectare, o produtor precisará vender o milho a pelo menos R$ 40,20 por saco na safra 2024/25 para cobrir suas despesas com o COE, valor 3,8% superior ao preço médio de R$ 38,73 por saco registrado em julho de 2024. Este Ponto de Equilíbrio permanece mais elevado que o da safra 2023/24, sem considerar os custos fixos que poderiam elevar ainda mais o valor necessário para equilibrar as contas.
Fonte: Agrolink