As geadas atingiram o Rio Grande do Sul recentemente, porém os danos causados ainda não foram totalmente avaliados, de acordo com informações da TF Agroeconômica. No mercado de trigo gaúcho, o cenário é de extrema lentidão. Os moinhos estão com os estoques bem abastecidos, mas a baixa demanda, resultando em uma moagem reduzida, tem gerado insatisfação no setor.
Além disso, muitos lotes de trigo vendidos têm apresentado qualidade inferior à contratada, levando ao cancelamento de pedidos. Moinhos de outros estados que adquirem trigo do RS também têm relatado problemas de qualidade, optando por comprar apenas lotes com qualidade reconhecida.
Em Santa Catarina, a demanda restrita por farinhas está impactando negativamente a atividade dos moinhos. Aqueles que conseguem manter a qualidade das farinhas a preços competitivos ainda encontram alguma demanda, enquanto os demais têm preferido reduzir a moagem a correr o risco de vender com prejuízo. Como resultado, alguns moinhos catarinenses estão prolongando seus estoques devido à falta de demanda ou viabilidade econômica. Para se abastecerem, muitos recorrem ao trigo do Rio Grande do Sul, que é o mais barato, aguardando a nova safra tanto do Paraná quanto do próprio RS.
No Paraná, o dia foi dedicado a observar os danos causados pela segunda onda de geadas. O mercado segue com ofertas como 300 toneladas de trigo tipo 1, safra 2024, CIF Guarapuava, a R$ 1.550,00 com pagamento sobre rodas e entrega imediata. Em Pranchita-PR, há ofertas de 2.000 toneladas de trigo tipo 1 ph 78 a R$ 1.500,00 FOB, com possibilidade de frete e pagamento a combinar, especialmente para trigo a ser entregue no início de setembro. Se a entrega for fora do estado do Paraná, ainda haverá incidência de ICMS.
Fonte: Agrolink