De acordo com informações da TF Agroeconômica, os moinhos devem se preparar para um potencial de alta nos preços do trigo nos próximos meses. A recomendação é que ordens de compra sejam colocadas ao redor de US$ 580, com uma projeção de saída em torno de US$ 640, o que permitiria uma cobertura de até R$ 120 por tonelada nos custos das matérias-primas.
Aqueles que conseguiram coberturas a valores mais baixos, como US$ 560 e US$ 525, garantem melhores margens, de R$ 160 e R$ 230 por tonelada, respectivamente. Para cooperativas e cerealistas, as oportunidades de ganho podem variar de R$ 7,20 a R$ 13,80 por saca, dependendo do momento de entrada no mercado futuro.
Entre os principais fatores de alta, destacam-se problemas climáticos na Rússia e na Europa, como a falta de umidade nas áreas produtoras e uma queda na oferta de trigo mole na União Europeia, cuja produção foi revisada de 116,10 para 114,60 milhões de toneladas. No Brasil, a safra de trigo no Paraná deverá atingir apenas 2,58 milhões de toneladas, uma queda significativa de 29% em relação ao ciclo anterior, o que aumentará a demanda por importações, principalmente de países como Argentina, Paraguai e Uruguai.
Por outro lado, fatores de baixa incluem a desaceleração das exportações americanas, com vendas de apenas 159,9 mil toneladas, e a pressão das vendas dos agricultores após a recente recuperação dos preços. Além disso, o Mar Negro continua a exportar rapidamente, com a Ucrânia embarcando 5,80 milhões de toneladas de trigo até o momento, um aumento de 85,90% em relação ao mesmo período de 2023.
Fonte: Agrolink