De acordo com Marcos Rubin, fundador da Veeries, o mercado global de soja observou um aumento significativo nas exportações brasileiras para a China, em detrimento dos Estados Unidos. Citando Rubin, na safra 23/24, o Brasil exportou 10,7 milhões de toneladas a mais de soja para a China, enquanto os EUA reduziram seus volumes em 8,5 milhões de toneladas. Esse movimento destaca a crescente importância do Brasil como fornecedor para o mercado chinês, consolidando sua posição como um dos maiores exportadores globais.
Para a próxima safra 24/25, essa tendência permanece incerta, pois depende de fatores como a demanda chinesa, que atualmente parece promissora, o desenrolar das eleições nos Estados Unidos e as condições climáticas na América do Sul. Rubin observa que o apetite chinês continuará sendo um fator chave para a balança de exportações, sendo um indicador importante para os players do mercado.
Um ponto curioso levantado por Rubin refere-se ao teto de exportações brasileiras, que gira em torno de 11 a 12 milhões de toneladas mensais, conforme demonstrado por um gráfico. Há especulações sobre a causa desse limite, sendo discutido se ele está relacionado a gargalos logísticos tanto no Brasil quanto na China, mas ainda sem uma conclusão definitiva. Essa questão abre espaço para debate entre analistas e operadores logísticos, principalmente em um momento em que a infraestrutura desempenha um papel crucial na competitividade global.
“Olhando para a safra 24/25, essa dinâmica permanece em aberto e dependerá do apetite chinês (que, no momento, é promissor), dos desdobramentos das eleições americanas e da safra na América do Sul. É interessante notar que, conforme ilustrado no gráfico à esquerda, parece haver um teto de exportação entre 11 e 12 milhões de toneladas mensais’, disse.
Fonte: Agrolink