O grupo brasileiro de terminais portuários Amport informou nesta quinta-feira que o transporte de grãos pela hidrovia do Tapajós foi interrompido devido à grave seca que atingiu o norte do Brasil e baixou os níveis de água do rio.
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Uma visão de drone mostra barcos atracados nas margens secas do Rio Amazonas durante uma seca em Santarém, estado do Pará, Brasil, em 8 de outubro de 2024. REUTERS/Amanda Perobelli/Arquivo
POR QUE É IMPORTANTE
O Tapajós, que liga as regiões centro e norte do Brasil, é um corredor fundamental para o transporte de grãos de regiões agrícolas centrais em estados como Mato Grosso, o maior produtor de soja do Brasil, para portos na região amazônica.
CITAÇÕES-CHAVE
A Amport, que representa empresas como Cargill e Louis Dreyfus, disse à Reuters que a navegação de comboios de barcaças transportando grãos no Tapajós está interrompida desde a última sexta-feira e deve ser retomada em novembro, caso haja previsão de chuvas.
"As empresas estão esperando que o rio suba pelo menos 20 centímetros (7,9 polegadas) para navegar com segurança", disse Amport em um comunicado.
CONTEXTO ADICIONAL
A seca já havia interrompido o embarque de grãos pelo rio Madeira, outro importante corredor de grãos, em setembro.
O chefe da Associação Nacional de Exportadores de Grãos (Anec), Sergio Mendes, disse na quinta-feira que essas questões logísticas não impactaram os volumes de exportação, uma vez que as empresas já estavam preparadas para o cenário, enviando alguns grãos para portos no sul do Brasil.
Fonte: Reuters