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Descrição da planta

Centeio é classificado na Família Poaceae ("Gramineae"), Subfamília Pooideae, Tribo Triticeae, Subtribo Triticineae, Gênero Secale, e Espécie cereale (Mabberley, 1997). A forma cultivada caracteriza-se por possuir ráquis não quebradiço, grãos grandes e ciclo anual, enquanto as formas silvestres possuem ráquis quebradiço na maturação, grãos pequenos e hábito de crescimento perene.

Em comparação com outras espécies de cereais de inverno, centeio apresenta maior desuniformidade quanto à espigamento, maturação e tipo de planta. Centeio caracteriza-se por ter espiga longa e flexível, duas flores férteis e dois grãos por espigueta, algumas lineares e uninervadas, e aristas curtas ou médias. Apresenta flores com três anteras grandes, que produzem muito pólen, e um pistilo com dois estigmas plumosos durante a antese. Centeio afilha menos que trigo, e as folhas são mais claras (verde-azuladas-acinzentadas). Os coleóptilos, as primeiras folhas, as bases dos colmos, os nós, as aurículas e as anteras, bem como a camada de aleurona dos grãos, geralmente apresentam coloração violácea. O espigamento é o mais precoce entre os cereais, porém o ciclo reprodutivo é longo.

Utilização
Em razão da rusticidade e da grande capacidade de desenvolvimento no inverno, mesmo sob condições moderadas de seca, centeio pode fornecer grãos para alimentação humana e animal, indústria de destilados, forragem para feno, silagem e pastejo, bem como palha para cobertura de solo, contribuindo para manter a matéria orgânica, reduzir perdas de solo por erosão e intensificar a penetração de água no solo e a retenção desta. Além disso, em virtude de efeitos alelopáticos (Rice, 1984), centeio pode ser largamente usado no controle de plantas daninhas. Na indústria de cosméticos e de colas, a farinha de centeio é aproveitada por suas características adesivas, conferida pela secalina.
Alimentação humana
A farinha de centeio é usada na fabricação de pães e biscoitos, diretamente ou em pré-misturas. É indicada para diabéticos, hipertensos e pessoas preocupadas em manter a forma física e para dietas alimentares (Nygren et al., 1984). A adição de pequenas quantidades de farinha de centeio em produtos produzidos com farinha de trigo auxilia a absorção de água, promove o volume e prolonga a vida de prateleira (Baier, 1994).
Por conter glúten, alimentos produzidos com esse cereal não devem ser usados por celíacos (pessoas com intolerância ao glúten) (Nygren et al., 1984). A porcentagem de carboidratos, proteínas, lipídeos, fibras e cinzas dos grãos de centeio não difere muito da de outros cereais de inverno (Baier, 1994). Entretanto, trata-se de um cereal de valor dietético, rico em fibras, sais minerais e aminoácidos essenciais, pobre em calorias e que se diferencia dos demais, por conter maior concentração de pentosanas (hemiceluloses ou glicoprotídeos), as quais, além de conferirem elevada viscosidade e serem responsáveis pela estrutura de pães de centeio, dificultam ou retardam a digestão, atrasando a absorção de nutrientes e reduzindo a conversão alimentar (Baier, 1994).
Os grãos podem também ser usados na mistura de cereais matinais e em outros produtos dietéticos.
Alimentação animal

Os grãos de centeio possuem valor energético semelhante ao de outros cereais de inverno e valor nutritivo em torno de 85 a 90% do de grãos de milho e contêm mais proteína e nutrientes digeríveis do que os encontrados em aveia ou em cevada. Se misturados na ração, devem participar em proporções não superiores a 20%, em virtude da reduzida palatabilidade e da elevada tenacidade quando mastigado.

De acordo com Baier (1988), a palatabilidade do centeio verde para bovinos aparentemente é muito atraente e não há informação sobre uma possível redução na conversão alimentar da massa verde ou palha. É recomendada a consorciação de centeio com outras forragens verdes, pois a adaptação a temperatura baixa e o rápido crescimento vegetativo tornam centeio uma ótima opção de cultivo, principalmente quando usado com outras gramíneas e leguminosas de inverno para melhor aceitação e para elevar a qualidade e a disponibilidade de forragem.